Ficha de notificação ganha novos campos e banco de dados passa a ser online
O
Sistema de Informação sobre Acidentes de Transporte Terrestre (SINATT),
uma estratégia da Secretaria Estadual de Saúde (SES), desde 2010, para
compilar informações geradas pelas 21 unidades de saúde sentinelas
existentes no Estado passa, a partir desta quinta-feira (01/08), a
funcionar de modo online. Com a inovação, os registros ficam disponíveis
em tempo real e podem ser acessados simultaneamente pela SES e
Gerências Regionais de Saúde (Geres).
A ficha de notificação individual, preenchida por profissionais de
saúde, quando atendem vítimas de acidente de transporte terrestre, e que
reúne informações como identificação da vítima, dados e natureza do
acidente, também passou por reformulações, deixando o documento ainda
mais detalhado com a inserção de novos campos. A ficha já possui item
que aponta fatores relacionados ao acidente como excesso de velocidade,
sono, uso de capacete, cinto de segurança, se possui habilitação, uso de
celular, bebida alcoólica, entre outros itens.
As informações sobre os acidentes de transportes terrestres (ATT) e
suas vítimas são geradas por 18 hospitais (capital e regionais) e três
UPA’s. “O objetivo principal do sistema é prevenir os acidentes de
transporte terrestre, na medida em que se conhece o perfil das vítimas e
dos acidentes, dando subsídios ao planejamento de ações intersetoriais e
contribuindo com a adequação e qualificação da rede de atenção integral
a estas vítimas. Com essas mudanças pretendemos qualificar e dar
agilidade ao fluxo da informação, eliminado a etapa de transferência do
banco de dados consolidado”, comenta a diretoria-geral de Promoção,
Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde da SES, Luciana
Albuquerque.
Desde o dia 23 de julho, todas as equipes envolvidas com o Sistema de
Informação sobre Acidentes de Transporte Terrestre estão sendo
capacitadas. A conclusão será no dia 6 de agosto. “A atualização do
sistema foi precedida por revisão da ficha de notificação, realizada por
meio de oficinas e consultas técnicas que envolveram a participação da
equipe de epidemiologia da SES e outros órgãos como Detran, Cetran,
Ministério da Saúde, além dos municípios de Recife, Campinas e Curitiba.
Um estudo piloto realizado nas unidades sentinelas do Hospital da
Restauração, Getúlio Vargas e Otávio de Freitas também contribuíram com a
validação da ficha e do sistema”, avalia a gerente de Vigilância de
Doenças e Agravos Não-Transmissíveis e Promoção à Saúde da SES, Marcela
Abath.
A produção de informações sobre os acidentes de transporte terrestre
tem contribuído com o embasamento tanto das ações do CEPAM, quanto da
Lei Seca instituída em Pernambuco no final de 2011. Apesar da
diversidade de fatores envolvidos na ocorrência desses acidentes, a
redução da morbimortalidade e de suas consequências é possível por meio
de medidas preventivas e de promoção à saúde, trabalhando-se na
perspectiva da multicausalidade e da proposição de ações intersetoriais.
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