A Força de Pacificação da Maré negou que os soldados que
participam da ocupação do Complexo de Favelas da Maré, no Rio, cometam
abusos ou atos irregulares contra os moradores, conforme relatado ontem
(5), em reunião de representantes dos moradores com jornalistas. Por
meio de nota, a Força informou que as denúncias não procedem. “O
Disque-Pacificação, canal criado com o objetivo de receber denúncias,
críticas e sugestões da população, não recebeu nenhuma ocorrência dos
fatos expostos na reunião, assim como não há registros dos fatos nos
autos de prisão em flagrante delito da Delegacia de Polícia Judiciária
Militar”.
A nota ressalta que os militares “fazem parte de uma tropa altamente
treinada e preparada, com experiência em missões no Complexo do Alemão e
no Haiti, além de seguirem as determinações que regulam as regras de
engajamento e a atuação da tropa”. O comunicado fala ainda de
“dedicação exclusiva à segurança da população na promoção da almejada
paz social” e que a postura da tropa é “repleta de respeito à dignidade
das pessoas, demonstrando preparo e profissionalismo” nas ações de
patrulhamento no Complexo da Maré.
De acordo com o comando da Força, os eventos culturais na Maré
continuam ocorrendo “dentro da legalidade” e “respeitando-se o direito
de todos os moradores quanto à adequada utilização de som nas festas, a
não obstrução de vias públicas e o não envolvimento com ilícitos”. Na
nota, o comando “repudia veementemente qualquer desvio de conduta ou a
inobservância das regras de engajamento, a fim de que as ações sejam
realizadas com o máximo de correção em respeito à vida e à dignidade
humana”.
Quanto ao posicionamento de blindados próximo às escolas, os
militares buscam garantir que as aulas aconteçam. “A Força de
Pacificação atua constantemente no provimento da segurança nas
imediações dos colégios, permitindo que os professores e alunos
envolvidos participem do processo de ensino-aprendizagem, diferentemente
do que ocorria no passado, quando facções criminosas determinavam o
fechamento das escolas, ocasionando medo e a suspensão das aulas”.
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