A Igreja
Católica marcou seu primeiro domingo de quase oito anos sem uma bênção
papal, enquanto cardeais continuam chegando a Roma para participar do
conclave que elegerá um novo líder para os 1,2 bilhões de fiéis em um
dos períodos mais conturbados de sua história.
As
janelas dos apartamentos papais que dão para Praça de São Pedro foram
fechadas, o que é normalmente acontece apenas quando o Papa está fora de
Roma e oferece a bênção dominical em outro lugar. Não houve bênção
papal de nenhum tipo, a primeira vez que a igreja se encontra em tal
estado de limbo desde o domingo do dia 3 de abril de 2005, um dia após a
morte do Papa João Paulo II.
"É estranho,
muito estranho vir a Roma para a Praça de São Pedro e não ouvir o
Ângelus (bênção domingo) do Papa, especialmente porque o papa ainda está
vivo. É uma situação única que estamos vivendo", disse Fábio Ferrara,
uma das poucas pessoas na praça ao meio-dia.
"Estamos
orando muito, é triste, é muito, muito triste, nos sentimos como
órfãos", afirmou a irmã Agnese Carreddu, uma freira italiana que estava
na praça.
Em missas católicas dominicais em
todo o mundo não houve a oração habitual para o "nosso papa, Bento XVI".
Até que seja escolhido um novo Papa, o nome de Bento XVI não será
pronunciado em cerimônias religiosas.
Os
cardeais darão início nesta segunda-feira a reuniões preliminares,
conhecidos como Congregações Gerais, para conhecer uns aos outros,
discutir questões da Igreja e decidir a data do início do conclave. As
reuniões são abertas a todos os cardeais, mas apenas aqueles que tem
menos de 80 anos podem entrar na Capela Sistina e eleger um novo Papa.
O
Vaticano informou neste sábado que 141 cardeais já estão em Roma ou a
caminho para o conclave, sendo que 75 deles já residem na capital
italiana. A expetativa é que as eleições comecem em meados de março.
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