Sugestão foi feita por Pedro Simon para evitar volta de Renan
SENADOR defende que seja um peemedebista aliado do Palácio do Planalto
Renan Calheiros (PMDB) ainda não se colocou como candidato a
presidente do Senado, mas um grupo de senadores já se articula para
impedir que o alagoano volte ao cargo, do qual renunciou em 2007 para
não ter o mandato cassado. Na noite desta terça-feira (06), dez
parlamentares se reuniram no apartamento do senador Jarbas Vasconcelos,
em Brasília, justamente para traçar a estratégia de enfrentamento, para o
caso de Renan querer mesmo suceder José Sarney (PMDB). Na ocasião,
Pedro Simon (PMDB) colocou que a melhor opção seria Jarbas, porém o
pernambucano declinou. Argumentou que o candidato deve ser um
peemedebista dissidente do grupo de Sarney, mas aliado do Palácio do
Planalto. Por ser oposicionista, ele admitiu que seu nome está fora de
cogitação. Quem for eleito, assumirá no dia 2 de fevereiro de 2013.
Participaram do jantar, além de Jarbas e Simon, os senadores Luiz
Henrique (PMDB), Ricardo Ferraço (PMDB), Casildo Meldraner (PMDB),
Álvaro Dias (PSDB), Aloysio Nunes (PSDB), Cyro Miranda (PSDB), Cristovam
Buarque (PDT), Pedro Taques (PDT) e Randolfe Rodrigues (PSOL). Roberto
Requião (PMDB), estava viajando, e Ana Amélia (PP), por motivo de saúde,
não compareceram. O próximo encontro está marcado para o dia 27, na
residência de Buarque, e a expectativa é de ampliar o número de
participantes.
Por telefone, Cristovam disse nesta quarta-feira (07) não saber da
reação de Renan Calheiros e que a preocupação dos 11 parlamentares é com
a imagem, credibilidade e repercussão do Senado. “Renan renunciou à
presidência quando estava prestes a ter o mandato cassado. Não há vetos,
só queremos estar preparados. Se o Palácio do Planalto escolher Jarbas
ou outro nome, vamos avaliar. A ideia é que seja alguém do PMDB”,
comentou o pedetista, referindo-se à acusação de improbidade
administrativa contra o peemedebista. Na votação em plenário, em 2007,
Calheiros conseguiu a maioria dos votos e escapou da cassação.
Ainda durante o jantar de terça-feira, os participantes reclamaram
que o retorno do alagoano à presidência não está sendo discutido com a
maioria dos parlamentares. “O prato já chegou feito”, afirmou Luiz
Henrique. Randolfe Rodrigues contou que ficou convencido de que há
espaço para ser lançada uma candidatura alternativa ao comando do
Senado, se Renan for o único postulante. “A trajetória do senador Renan e
a minha são incompatíveis, não existe a possibilidade de eu destinar
meu voto para ele”, avisou. O encontro promovido por Jarbas havia sido
marcado há duas semanas, porém coincidiu com o jantar oferecido pela
presidente Dilma Rousseff às cúpulas do PMDB e PT, no Palácio do
Planalto, também na terça.
À Agência Estado, Renan Calheiros garantiu que o processo da sucessão só deve começar no próximo ano, sob pena de cometerem “um ato de deselegância para com o presidente Sarney”.
À Agência Estado, Renan Calheiros garantiu que o processo da sucessão só deve começar no próximo ano, sob pena de cometerem “um ato de deselegância para com o presidente Sarney”.
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