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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Miranda Kerr usa biquíni branco para relaxar em Sidney

Modelo australiana aproveitou uma folga na agenda para se bronzear e descansar
QUEM Online; Fotos: Reprodução
 

 Reprodução
Miranda Kerr aproveitou uma rara brecha em sua agenda profissional para relaxar. A modelo australiana esteve em sua terra natal durante o fim de semana e descansou durante um passeio de barco.
Em  excelente forma física, Miranda, que é casada com Orlando Bloom, com quem tem um filho, Flynn, tomou sol enquanto a embarcação circulava pela orla de Sidney. A bordo de um biquíni branco, a top pareceu não se incomodar com o assédio dos paparazzi e chegou a sorrir ao perceber que estava sendo fotografada.
 Reprodução

José Serra

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

José Serra
33.º Governador de São Paulo São Paulo
Mandato 1 de janeiro de 2007
até 2 de abril de 2010
Antecessor(a) Cláudio Lembo
Sucessor(a) Alberto Goldman
Prefeito de São Paulo São Paulo City flag.svg
Mandato 1 de janeiro de 2005
até 31 de março de 2006
Antecessor(a) Marta Suplicy
Sucessor(a) Gilberto Kassab
Ministro da Saúde do Brasil Brasil
Mandato 31 de março de 1998
20 de fevereiro
de 2002
Antecessor(a) Carlos Albuquerque
Sucessor(a) Barjas Negri
Senador por São Paulo São Paulo
Mandato 1.º - 30 de abril de 1996
até 31 de março de 1998
2.º - 1 de novembro de 2002
até 1 de fevereiro de 2003
Ministro do Planejamento do Brasil Brasil
Mandato 1 de janeiro de 1995
até 30 de abril de 1996
Antecessor(a) Beni Veras
Sucessor(a) Antônio Kandir
Deputado federal por  São Paulo
Mandato 1 de fevereiro de 1987
até 31 de janeiro de 1995
(2 mandatos consecutivos)
Vida
Nascimento 19 de março de 1942 (69 anos)
São Paulo
, SP
Nacionalidade  brasileiro(a)
Cônjuge Mónica Serra
Partido PSDB
Religião Católico
Profissão Economista
José Serra (São Paulo, 19 de março de 1942) é um economista e político brasileiro, filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Em 2006 foi eleito governador do estado de São Paulo já no primeiro turno, fato inédito no estado até então (Geraldo Alckmin do mesmo partido viria a repetir o feito em 2010).
Ocupou o cargo de governador do estado de São Paulo no período de 1 de janeiro de 2007 até 2 de abril de 2010, quando renunciou ao cargo para se candidatar pela segunda vez à Presidência da República. Serra já exerceu também os mandatos de deputado federal constituinte (1987-1991), deputado federal (1991-1995), senador (1995-2003) e prefeito de São Paulo (2005-2006) e os cargos de secretário de Planejamento de São Paulo (1983/1986), ministro do Planejamento e Orçamento (1995-1996) e ministro da Saúde (1998-2002). José Serra foi candidato à Presidência da República pela coligação PSDB-PMDB em 2002, tendo sido derrotado no segundo turno por Luís Inácio Lula da Silva.
Serra foi o candidato do PSDB à Presidência da República nas eleições de 2010, tendo sido derrotado no segundo turno por Dilma Rousseff,[1] depois de ter se tornado o único pré-candidato do partido diante da desistência oficial de Aécio Neves (PSDB-MG), anunciada em 17 de dezembro de 2009.[2][3]
Possui Mestrado em Economia pela Escola de Pós-Graduação em Economia da Universidade do Chile[4], com segundo Mestrado e Doutorado em Economia pela Universidade de Cornell[4][5][6].
Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009[7] e de 2010[8].
Atualmente é colunista do jornal O Estado de São Paulo.

Índice

 [esconder

 Origem e formação

José Serra nasceu na capital paulista, no bairro da Mooca,[9] filho único[10] de Francesco Serra (falecido em 1981[11]), imigrante italiano (originário de Corigliano Calabro, Calábria[12]), e de Serafina Chirico Serra (falecida em 2007[13]), brasileira filha de imigrantes italianos.[14] Serra nasceu em uma pequena casa de quarto e sala, geminada a outras 24, em uma rua sem saída, onde o filho tinha que dormir na sala. Seu pai, semianalfabeto, que era vendedor de frutas no Mercado Municipal, evitava que o filho o ajudasse, deixando-o se concentrar nos estudos. Serra, entretanto, eventualmente ia trabalhar na banca de frutas.[15] Mudaram-se depois para uma casa maior, de dois quartos, em uma rua sem asfalto no mesmo bairro, ao lado de uma fábrica. Quando o filho já estava no científico (atual ensino médio), mudaram-se para um apartamento alugado no bairro do Ipiranga. Apesar dos ganhos modestos de uma família de classe média baixa,[16] foi o suficiente para que o filho chegasse à faculdade sem precisar trabalhar.[11]
Tendo feito curso pré-vestibular junto com o último ano do científico, ingressou, em 1960, no curso de engenharia civil[14] da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - (Poli-USP).[11]

Política estudantil

Na universidade, logo se interessou pelo movimento estudantil, que era ativo nos anos 1960, principalmente no ensino superior.[11] Tímido, o teatro lhe ajudou a se superar, fazendo o papel principal da peça Vento forte para papagaio subir, de José Celso Martinez, no grupo teatral da faculdade.[9] Tentou fazer parte da diretoria do grêmio da Escola Politécnica, e, para ser admitido na chapa, declarou ser contra as multinacionais e a favor da Revolução Cubana.[11] Derrotado em sua primeira eleição, acabou ingressando na diretoria dos eleitos, em meados de 1962, quando houve uma greve dos alunos que reivindicavam maior representatividade. Nessa época, aproximou-se de José Carlos Seixas, presidente do Centro Acadêmico da Faculdade de Medicina, que era um dos líderes nacionais da Juventude Universitária Católica (JUC) e viria a ser o padrinho de Serra no movimento estudantil.[11][17]
Seixas o indicou meses depois para concorrer à presidência da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP) como candidato apoiado pela JUC, que à época controlava a maioria dos centros acadêmicos. Serra foi eleito e, no comando da entidade, implementou várias mudanças, cortando o uso indevido de instalações e recursos e promovendo mais eventos culturais e debates políticos, o que deu mais visibilidade à UEE-SP.[17]
Em fins de 1962, Serra foi um dos fundadores da Ação Popular (AP). Participou de congressos em vários estados brasileiros como presidente da UEE-SP, tornando-se conhecido, o que veio a facilitar sua eleição para presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), em julho de 1963, como candidato da Ação Popular, tendo ainda o apoio do Partido Comunista Brasileiro. A UNE, na época, tinha status de partido político,[9][17] dando a Serra a condição participar da política nacional e a oportunidade de contato com autoridades, governadores e com o então presidente João Goulart, o Jango.[17]
Recém eleito presidente da UNE, Serra foi convidado a ser um dos oradores de um comício em homenagem a Getúlio Vargas, em 23 de agosto de 1963, em que o último a discursar seria João Goulart. Esperava-se que os antecessores apoiassem no palanque as propostas do governo. O discurso de Serra, no entanto, em vez de apenas apoiar o presidente de esquerda pressionado pela direita, criticou-o também, pois havia rumores de que Jango pretendia uma intervenção antidemocrática nos estados de São Paulo e Guanabara, cujos governadores trabalhavam para derrubá-lo. Serra foi mais aplaudido que Jango, segundo sua ficha no Dops.[18][19][20] Ainda assim, Jango sabia de sua importância e teria dito: "Há generais loucos atrás de ti. Eu é que não deixo eles te fazerem mal."[9]

Golpe militar e exílio

Em 13 de março de 1964, no famoso comício da Central do Brasil, onde Jango defendeu as reformas de base, Serra, então com 21 anos, foi o mais jovem a discursar.[21] O comício foi considerado pelos conservadores uma provocação e visto como um momento-chave de radicalização do governo,[20] ajudando na junção de forças políticas, sociais e militares para derrubar Jango.
Consumado o golpe militar, Serra dirigiu-se primeiro para o Departamento de Correios e Telégrafos do Rio de Janeiro, QG improvisado das forças leais ao presidente Jango. De lá partiu, junto de Marcelo Cerqueira (seu vice na UNE), para a casa do deputado Tenório Cavalcanti, também conhecido como "o homem da capa preta".[22] Com o incêndio da sede da UNE pelos militares, Serra tratou de esconder-se por mais alguns dias na casa de amigos, sem contato nem mesmo com a família. Aconselhado por um deputado amigo do ex-presidente Juscelino Kubitschek, refugiou-se na embaixada da Bolívia, onde permaneceu por três meses.[18][22] Os militares não queriam deixá-lo sair do país, como dissera o então ministro da Guerra, Costa e Silva, aos bolivianos: "Este não deixaremos ir embora. É muito perigoso."[9] Resolvido o impasse, foi então para a Bolívia e depois para a França, onde permaneceu até 1965.[4][22] Por causa do exílio teve que interromper os estudos, não completando o curso de engenharia.[22]
Retornou clandestinamente ao Brasil em março de 1965, quando os integrantes da Ação Popular tentavam reorganizar a entidade, já na clandestinidade e com muitos líderes exilados ou perseguidos.[17] Escondido na casa de Beatriz Segall,[9][15] foi convencido a não comparecer a uma reunião em São Paulo, enfim descoberta pela polícia, que deteve todos os participantes, levando-os para o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).[17] Permaneceu no país alguns meses, mas perseguido e sendo uma personalidade pública facilmente reconhecida, teve que sair novamente do Brasil.[9][10]
Radicou-se no Chile, participando de ações políticas para denunciar a repressão no Brasil junto de outros exilados, como Armênio Guedes, Fernando Gabeira, Almino Afonso e Betinho,[23] conhecendo também César Maia, a quem incentivou estudar economia.[9] Permaneceu no Chile por oito anos, vivendo carreira acadêmica até 1973.[17] Trabalhou ao lado de Fernando Henrique Cardoso e Maria da Conceição Tavares.[18] Casou-se em 1967 com a psicóloga[16] e bailarina[9]Sylvia Mónica Allende Ledezma,[24] com quem teve dois filhos, Verônica, nascida em 1969, e Luciano, em 1973, meses antes do golpe de estado naquele país.[9]
Fez mestrado na Escolatina (Escola de Pós-Graduação em Economia da Universidade do Chile[24]), concluído em 1972,[4] além de ministrar aulas de matemática para economistas, em um instituto da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL),[18] órgão da ONU.[4][25] Chegou a prestar assessoria ao governo de Allende por alguns meses.[22]
Decretado o golpe liderado pelo general Augusto Pinochet, em setembro de 1973, Serra ajudou a transportar vários perseguidos para refugiarem-se na embaixada do Panamá.[9] Foi preso no aeroporto quando tentava deixar o país com a família, sendo levado ao Estádio Nacional, onde muitos foram torturados e mortos. Um major que o libertou foi posteriormente fuzilado.[9] Serra refugiou-se na embaixada da Itália, ficando como exilado político por oito meses aguardando um salvo-conduto.[18] Partiu depois para os Estados Unidos[9] onde concluiu um segundo mestrado em 1976 na Universidade de Cornell, e ainda o doutorado em Economia na mesma instituição em 1977.[4][5][6] Trabalhou como diretor visitante do Instituto para Estudos Avançados em Princeton, NJ entre 1976 e 1978.[26][27]

Carreira pública

José Serra
Depois de catorze anos no exílio, retornou ao país em 1977, sendo um dos poucos que se arriscaram a fazê-lo antes da lei de anistia de 1979. Ao tentar disputar uma cadeira de deputado pelo MDB, teve sua candidatura impugnada, sob a alegação de que continuavam suspensos seus direitos políticos. Coordenou, então, em 1978, a campanha a senador, pelo mesmo partido, de Fernando Henrique Cardoso, que obteve apenas a suplência (perdendo para André Franco Montoro). Foi admitido como professor de economia da Universidade de Campinas (Unicamp), onde permaneceu até 1983.[18][28]
Em 1982, trabalhando como pesquisador no CEBRAP, sob os auspícios da Fundação Ford,[29] coordenou a elaboração do programa de governo do candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Franco Montoro: "Quando Franco Montoro, um político da oposição, se elegeu governador de São Paulo nas eleições de 1982, José Serra e outros deixaram o Centro (CEBRAP) para trabalhar no governo do Estado".[30] Serra foi convidado por Franco Montoro para assumir a Secretaria de Planejamento, tomando posse no novo governo em março de 1983.[28]

Secretário estadual de Planejamento

Ao assumir a pasta, o estado estava com elevado endividamento, levando Serra a realizar uma gestão considerada centralizadora e impor um programa de saneamento[9] com corte de despesas, se indispondo com o funcionalismo público devido ao parco aumento salarial concedido em 1984.[22] Ainda assim, possibilitou o andamento de grandes obras do governo Montoro, como a expansão da linha leste-oeste do metrô na capital, a construção de 4 mil quilômetros de estradas vicinais[31] e da hidrovia Tietê-Paraná. Desativou a polêmica Paulipetro - estatal de prospecção de petróleo paulista criada por Paulo Maluf.[32]
Por ocasião da candidatura de Tancredo Neves à Presidência da República, licenciou-se do cargo de secretário, em dezembro de 1984, para integrar o grupo de economistas escolhido para elaborar o programa econômico do candidato, ao lado de Celso Furtado, Hélio Beltrão e Sérgio Coutinho, dentre outros. Indicado para coordenar o grupo, seu nome não foi bem aceito por integrantes da Frente Liberal, formada por dissidentes do partido governista, o PDS, que também apoiavam a candidatura oposicionista de Tancredo, o que levou o grupo a ser constituído como comissão paritária - Comissão do Plano de Ação do Governo (Copag) - sem centralização das decisões. Com a morte de Tancredo Neves, Serra retornou a seu cargo de secretário em São Paulo.[28]
Seu nome foi cogitado para assumir o Ministério da Fazenda quando da saída de Francisco Dornelles, em agosto de 1985, mas o escolhido foi Dílson Funaro. Voltaria a ser cogitado quando da saída de Funaro, em abril de 1987, mas novamente o convite não foi consumado, sendo então indicado Luís Carlos Bresser Pereira.[28]
Afastou-se da secretaria de estado em 13 de fevereiro de 1986, para se candidatar a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PMDB, a fim de integrar a assembleia nacional constituinte que fora convocada. Duas semanas depois, foi lançado o Plano Cruzado, que consistia, dentre outras medidas, em um congelamento de preços para conter a alta inflação que assolava o país. Serra apoiou o plano, lembrando que se tratava de um regime democrático, ao contrário dos planos econômicos gestados durante a ditadura militar. Na campanha para deputado, foi acusado dentro do próprio partido de usar a máquina administrativa do estado para obter aliados nos municípios. Recebeu cerca de 160 mil votos, elegendo-se com a quarta maior votação de São Paulo.[28]

Deputado federal e constituinte

José Serra
Na constituinte, Serra foi relator da Comissão do Sistema Tributário, Orçamento e Finanças e também integrou a Comissão de Sistematização. Criticando a atuação sem coordenação de seu partido, o PMDB, não seguiu a orientação partidária em todas as votações. Votou a favor da desapropriação das propriedades rurais improdutivas para fins de reforma agrária e foi contra a estabilidade no emprego no setor privado e a favor do parlamentarismo. Foi o constituinte que conseguiu o maior percentual de aprovação de emendas, logrando aprovar 130 das 208 que apresentou.[28] Uma delas, a de nº 239, instituiu o que veio a ser o Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, para o financiamento do seguro-desemprego com uma fonte de recursos sólida e permanente, fazendo com que o benefício começasse a ser efetivamente pago no Brasil. A emenda foi posteriormente regulamentada pelo Projeto de Lei nº 991, de 1988, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB-RS).[33]
Na constituinte, como relator da Comissão do Sistema Tributário, Orçamento e Finanças (comissão onde 53% das vagas pertenciam a parlamentares de regiões menos desenvolvidas), Serra tentou evitar maiores repasses de verbas federais aos estados. Afirmou em entrevista em 2 de fevereiro de 1994: "se eu não tivesse resistido, as perdas do governo federal teriam sido ainda maiores, em torno de 60% a 70% do IR e do IPI" (...) "Sabemos que no passado o governo federal concentrava excessivamente recursos e impostos, desequilibrando a Federação. A Constituição irá corrigir esse erro, mas seria cometer outro erro manter esse desequilíbrio com os sinais trocados".[34] Mas lutou pela criação do FINSOCIAL, fundo que destinaria recursos a programas sociais, e participou na criação dos fundos constitucionais regionais FPM e FPE, que destinam recursos para o desenvolvimento das regiões mais carentes, em especial Norte, Nordeste e Centro-Oeste.[34] Manifestou-se contra expandir as isenções já existentes à Zona Franca de Manaus, que para ele obrigariam o restante do país a arcar com altos custos para manter poucos empregos.[34]
Foi o relator da comissão que reformulou todo o sistema tributário, os orçamentos públicos e o Sistema Financeiro Nacional. Propôs a elaboração do Plano Plurianual de Investimentos (PPA) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).[35]
Foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB, em junho de 1988, presidindo sua comissão executiva até 1991. Nas eleições municipais de 1988, foi candidato à prefeitura de São Paulo, mas, em uma eleição ainda sem segundo turno, foi derrotado, ficando atrás de Luiza Erundina (à época no PT), João Leiva (PMDB) e Paulo Maluf.[28]
Foi reeleito deputado federal em 1990, com cerca de 340 mil votos, a maior votação do estado.[36] Nessa eleição, foi um dos candidatos que recebeu apoio preferencial da Federação Brasileira de Bancos - Febraban.[28]
Em 1991, mesmo sendo de um partido de oposição, foi convidado pelo presidente Fernando Collor para assumir o Ministério da Fazenda, mas recusou, assumindo então Marcílio Marques Moreira. Em 29 de setembro de 1992, votou a favor da abertura de processo de impeachment do presidente Collor, acusado de corrupção.[28]
Em 1994, apoiou o Plano Real, manifestando sua confiança no êxito, mas com reservas, uma vez que alertava a necessidade de reformas, especialmente a tributária. Candidatou-se nesse ano ao Senado, tendo como plataforma uma nova revisão constitucional, que daria ênfase à reforma tributária. Defendeu o voto distrital, o fim do voto obrigatório, o fortalecimento dos partidos e a correção das distorções na representação dos estados na eleição dos deputados federais.[28]

Senador

Em 1994, foi eleito senador com 6,5 milhões de votos,[14] muito à frente do segundo colocado, Romeu Tuma. Cogitado para assumir o Ministério da Fazenda, enquanto empresários de seu estado preferiam vê-lo no Ministério da Indústria e Comércio, o presidente eleito Fernando Henrique escolheu Pedro Malan para a Fazenda, convidando Serra para assumir o Ministério do Planejamento. Sua vaga no Senado foi ocupada por seu suplente, Pedro Piva.[28]
Em 1996, concorreu novamente à prefeitura de São Paulo, mas foi derrotado, ficando em terceiro lugar, e nem mesmo participou do segundo turno, em que Celso Pitta (indicado do então prefeito Paulo Maluf) derrotou Luiza Erundina (ainda no PT).

Ministro do Planejamento

José Serra
Licenciou-se do Senado Federal, para tornar-se ministro do Planejamento e Orçamento (1995-1996). Desenvolveu e implantou o programa "Brasil em Ação", um pacote de ações e obras do governo federal em parceria com estados, municípios e empresas privadas nos moldes do atual "PAC".[37] Deixou a pasta para disputar a prefeitura de São Paulo, que perdeu para Celso Pitta. Com isso, retornou ao Senado, onde ficou por dois anos.

Ministro da Saúde

Assumiu então o Ministério da Saúde (1998-2002). O programa de combate à AIDS implantado na sua gestão foi copiado por outros países e apontado como exemplar pela ONU.[38] Foi o mentor da lei de incentivo aos medicamentos genéricos, o que possibilitou a queda preço dos medicamentos.[39] Eliminou os impostos federais dos medicamentos de uso continuado.[40] Regulamentou a lei de patentes e encaminhou resolução junto à Organização Mundial do Comércio para licenciamento compulsório de fármacos em caso de interesse da saúde pública.[41] Ampliou as equipes do Programa de Saúde da Família[42] e organizou o Sistema Nacional de Transplantes e a Central Nacional de Transplantes.[43] Promoveu milhares de cirurgias por intermédio de mutirões, combatendo doenças como, por exemplo, a catarata.[44] Introduziu a vacinação dos idosos contra a gripe, eliminou doenças como o sarampo e criou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).[45] Não obteve, porém, sucesso no combate à dengue, doença que até os dias atuais é epidêmica.[46]
Em sua gestão no Ministério da Saúde, foi enviado ao Congresso Nacional o projeto de lei 3.156, de 2000,[47][48] que tornava mais rigorosa a política antitabagista no Brasil, com a proibição da publicidade e a introdução das imagens de impacto em embalagens de cigarro. Aprovado o projeto, foi sancionado dando origem à Lei nº 10.167, de 2000, regulamentada em 2001 pela Anvisa.[49][50]

Candidato à Presidência

Disputou a Presidência da República em 2002, quando obteve mais de 33 milhões de votos no segundo turno (38,73%), perdendo para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, que obteve quase 53 milhões de votos (61,27%).[51] Dos votos obtidos por Serra, 2,9 milhões o foram na cidade de São Paulo, cidade na qual Lula obteve apenas 127 mil votos a mais, aproximadamente 2% dos votos válidos.
Em 2003, assumiu a presidência nacional do PSDB, partido do qual é um dos fundadores. Depois que assumiu a prefeitura da cidade de São Paulo, eleito em 2004, licenciou-se do cargo no partido. Foi sucedido em 2005 por Eduardo Azeredo (senador por Minas Gerais e também veterano no PSDB).

Prefeito de São Paulo

Serra no primeiro pronunciamento como prefeito eleito de São Paulo em 2004. Foto: (Imagem: Antônio Milena/ABr)
Em 2004, disputou a Prefeitura de São Paulo, sendo eleito no segundo turno com 3,3 milhões de votos (55% dos votos válidos).
No dia 1º de janeiro de 2005 tomou posse do cargo de prefeito com mandato para até 1º de janeiro de 2009. Um ano e três meses depois, em 31 de março de 2006, deixou a prefeitura de São Paulo nas mãos do seu vice Gilberto Kassab para concorrer às eleições para governador do estado de São Paulo, mesmo tendo assinado uma carta, ainda durante as eleições de 2004, comprometendo-se a permanecer no cargo até o final do mandato.[52]
Entre suas realizações, estão uma economia de 450 milhões de reais devido à renegociação de contratos[53] Acabou com a taxa do lixo, criada por Marta Suplicy e isentou da taxa de iluminação pública os moradores de ruas não iluminadas; construção de 46 novas escolas, substituindo outras 44 em condições inadequadas (escolas de lata)[54] Serra também criou a Virada Cultural; na saúde firmou novamente convênio com a FURP, retomando a fábrica de remédios do governo do estado de São Paulo, que passou novamente a fornecer remédios à prefeitura; integrou o Bilhete Único ao Metrô ; executou, segundo dados da prefeitura, o maior plano de recapeamento e na pavimentação de ruas da cidade [55] ; apresentou o projeto "Nova Luz" como um projeto de revitalização da região da estação ferroviária da Luz, no centro da cidade, e em especial das quadras conhecidas como "Cracolândia", um reduto de prostituição e tráfico de drogas em São Paulo,[56] assim como território de moradia de classes de baixa renda em pensões clandestinas; e o Rodoanel Mário Covas, com 57 km e custo de R$ 3,46 bilhões.[57] que começaram em 28 de maio de 2007 e terminaram em 30 de março de 2010.
Em dezembro de 2011 estava em primeiro lugar na pesquisa Ibope para Prefeito de São Paulo.[58]. No ano de 2012 Serra comunicou a seu partido, em reunião com seus aliados mais próximos, de que não disputaria as eleições municipais para prefeito de São Paulo no ano de 2012, informando como um dos motivos por sua desistência a intenção de futuras candidaturas em nível nacional. [59]

Governador de São Paulo

José Serra e o Papa Bento XVI.(Imagem: Fabio Pozzebom/ABr)
Em 1 de outubro de 2006, José Serra foi eleito governador do estado de São Paulo em primeiro turno das eleições, com 12.381.038 votos, correspondente a 57,93% dos votos válidos.[60] Tomou posse em 1 de janeiro de 2007, permanecendo no cargo até o dia de 1 de abril de 2010.
O Governador José Serra e o então presidente Lula
As prioridades de governo foram o Rodoanel Mário Covas, a expansão do Metrô, a modernização da rede de trens da grande São Paulo no projeto Expansão SP, recuperação de estradas vicinais, expansão das FATECs/ETECs e introdução das AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades), além da construção de dez novos hospitais, entre eles o Instituto Lucy Montoro.[61]

Eleições 2010

 Pré-candidatura

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, fala durante encontro nacional do partido (Imagem: Antonio Cruz/ABr)
Durante seu governo, José Serra sempre tentou evitar que rumores sobre sua candidatura prejudicassem a performance do governo. Seu grupo político atuou nos bastidores para garantir a candidatura do partido.
Serra (PSDB-SP) tornou-se o único pré-candidato a Presidência da República pelo PSDB para as eleições brasileiras de 2010, diante da desistência oficial de Aécio Neves (PSDB-MG), anunciada em 17 de dezembro de 2009.[2][3]
Indio da Costa foi o candidato a vice-presidente da República na chapa de Serra (Imagem: Renato Araujo/ABr)
O presidente do partido, Sérgio Guerra (PSDB-PE), confirmou que o lançamento da pré-candidatura do governador paulista aconteceria no dia 10 de abril de 2010.[62] O próprio Serra não conseguia negar mais sua candidatura. Discursando com improviso, em ato público em Avaré, falou na ocasião como se sua gestão estivesse muito próxima do fim.[63]
Como previsto, Serra anunciou oficialmente a lançamento da pré-candidatura em 10 de abril de 2010.[64]
No evento que lançou a pré-candidatura de Serra, além de membros dos partidos oposicionistas, compareceram os presidentes do PTB, do PSC e do PMN, o que reforçou a adesão destes três partidos à coligação do pré-candidato. O evento teve também a participação de 6.700 militantes do partidos. A modelo e apresentadora Ana Hickman foi a mestre de cerimônias.

Candidatura

Em 12 de junho de 2010, oficializou sua candidatura à presidência.[65]
Em 30 de junho de 2010 foi confirmado o nome do deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ) como candidato a vice-presidente na chapa de Serra durante a convenção nacional do Democratas. PSDB, PPS e PTB tentaram formalizar o nome do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que não foi aceito pelo principal aliado dos tucanos.[66] Em 3 de outubro conquistou aproximadamente 33,1 milhões de votos (32,61% dos votos válidos), se habilitando a disputar um segundo turno contra a adversária Dilma Rousseff. Em 31 de outubro de 2010, com mais de 43 milhões de votos, José Serra foi derrotado no Segundo Turno das eleições presidenciais, reconhecendo a vitória de Dilma Rousseff às 20:30h da noite do mesmo dia.
Em 2010 novamente foi apontado pela Revista Época como um dos 100 brasileiros mais influentes do ano,[8].

Multas

Em julho de 2010, José Serra foi multado em cinco mil reais pelo Tribunal Superior Eleitoral, por propaganda eleitoral antecipada.[67]
Em 23 de julho, Serra foi multado em 7,5 mil reais por propaganda antecipada em inserções regionais do diretório baiano do PSDB.[68]
No dia 26 de julho, Serra foi multado em 5 mil reais em função de declarações feitas quando participou do 28º Congresso Internacional de Missões dos Gideões Missionários, na cidade catarinense de Camboriú.[69] No dia seguinte, o candidato recebeu nova multa, no valor de R$ 10.000,00 por propaganda antecipada em inserções regionais do partido.[70]
Em 1º de agosto, José Serra foi multado pela 5ª vez por propaganda eleitoral antecipada no programa do PSDB estadual, no valor de 5 mil reais.[71] No mesmo dia, o candidato recebeu sua 6ª multa, no valor de 5 mil reais, por utilizar propaganda eleitoral no rádio e na TV para exaltar suas realizações em cargos do executivo.[72]

A Privataria Tucana

Lançado em 09 de dezembro de 2011, o livro A Privataria Tucana, escrito pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr., apontou e relatou supostas falcatruas e irregularidades ocorridas durante as privatizações da gestão de Fernando Henrique Cardoso. A obra apresenta documentos públicos de lavagem de dinheiro e pagamento de propina recolhidos nos arquivos da CPI do Banestado. Elenca ainda histórias pessoais do autor e copila denúncias feitas principalmente pela revista IstoÉ. No meio disso tudo, o autor lança José Serra como personagem central da história. Segundo o autor, amigos e parentes do ex-governador paulista teriam supostamente operado um complexo sistema de maracutaias financeiras que teria prosperado no auge do processo de privatização. Ribeiro Jr. elenca uma série de personagens envolvidas com as privatizações dos anos 1990, todos ligados a Serra, aí incluídos a filha, Verônica Serra, o genro, Alexandre Bourgeois, e um sócio e marido de uma prima, Gregório Marín Preciado e o ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, o economista Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-tesoureiro de Serra e FHC, e chamado pelo autor de Mister Big, chamado pelo mesmo como cérebro por trás da suposta engenharia de contas, doleiros e offshores criadas em paraísos fiscais para esconder os supostos recursos desviados da privatização[73]. Outros jornalistas desclassificaram o livro, como Marco Antonio Villa, de O Globo, que o chama de "panfleto", um produto, segundo suas palavras, do "(...) PT e seus comparsas (que) produziram dossiês, violaram sigilos fiscais e bancários, espalharam boatos, caluniaram seus opositores, montaram farsas (...)" e ainda lembra que Amaury Ribeiro Jr. trabalhou na campanha de Dilma Rouseff contra Serra, sendo na época acusado no "Escândalo do Dossiê" e, por isso, indiciado em quatro crimes pela Polícia Federal. Marco Antonio Villa confronta o autor alegando que o amontoado de documentos anexados ao livro "(...) não tem nenhuma relação com o texto, como uma tentativa de apresentar seriedade, pesquisa, na elaboração das calúnias (...)"[74]. Verônica Serra, em nota aberta à imprensa, declarou que processará criminalmente o autor por calúnia e difamação[75]. O PSDB também declarou a intenção de abrir processo[76]. José Serra simplesmente declarou que o livro é um "lixo" com claros interesses eleitorais.
Apesar das críticas, o livro foi usado pela base aliada de Dilma Rousseff na Câmara Federal, para protocolar no dia 21 de dezembro um requerimento que pede a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as privatizações realizadas no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que só deve decidir pela criação ou não da CPI a partir de fevereiro de 2012, quando os parlamentares voltarem das férias. O deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) recolheu 206 assinaturas de apoio à CPI e afirmou que o pedido de investigação atende a um “clamor popular” e que, segundo ele, as possíveis irregularidades nas privatizações podem ser mais graves do que as denúncias contra o governo Dilma Rousseff. [77]